RUA VAZIA
Sinto o aperto normal no cora��o
que todos os amantes costumam sentir.
Mas, por mais que eu tente buscar uma resposta
a resposta mais certa n�o consigo definir,
porque h� sempre uma sombra diante dos olhos
que insiste em n�o querer sair.
Olho � minha volta e vejo somente incerteza,
espalhada pela relva que cobre o canto da rua.
Fecho meus olhos e seguro uma l�grima
causada por essa imensa saudade sua.
Uma saudade que inunda minh�alma,
causando-me uma vertigem inesperada e nua.
E ent�o relembro de tudo o que passou
e a passos lentos caminho por esta estrada.
Penso em gritar, mas por que motivo faz�-lo,
se apenas � incerteza o que h�... mais nada?
Prendo meus l�bios justificando a ang�stia
nesse aperto que na alma � condenada!
Ningu�m me presencia. Somente a solid�o,
quando recosto-me em um muro da rua vazia.
No orvalho que se inicia deixo-me umedecer
pela lembran�a de n�s dois naquele dia.
E aperto ainda mais o peito, relembrando
os momentos que nos deram tanta alegria!
E num grito seco e rouco,
guardado dentro de mim
(e antes que enlouque�a...)
no meu sil�ncio te imploro:
n�o se esque�a, meu amor:
N�o me esque�a!
(MARCO MOTTA)




