Confesso, esse é o pensamento que mais me visita ultimamente: Será que existe alguém que me traga tanta paz, tenta leveza, tanta reciprocidade, a ponto de eu querer abrir espaço dentro da minha solitude? Não é medo de amar. É que eu já aprendi a me bastar. E agora, só permito ficar perto quem me faça sentir o amor que não tira, soma. Talvez o meu império romano seja esse: Imaginar um amor tão bonito que até a minha liberdade se apaixone por ele. Às vezes o coração não se fecha por medo, se fecha por cansaço mesmo. Estar pronto pro amor, não garante que se queira amar de novo, entende? Eu estou pronta, mas não sei se eu quero, eu não sei se eu quero compartilhar a minha paz, isso pode soar como egoísmo. Eu acho que existem fases na vida, em que o maior gesto de amor que você pode fazer por você, é não querer mais ninguém por um tempo. Ultimamente a minha vida entrou em um ritmo bom, a rotina se encaixou, a minha cabeça está sossegada e até a minha alma parece que está menos agitada e é curioso ver como quando a gente se alinha por dentro, parece que o mundo também vai se alinhando e as coisas vão convergindo. E é nesse ponto também que você percebe aquela velha frase: Você precisa estar bem pra encontrar alguém bom. Não é só uma verdade, mas é também quase que uma lei cósmica. O que eu quero dizer, é que quando isso tudo acontece, as pessoas realmente começam a se aproximar de você, e não qualquer pessoa, pessoas realmente legais, interessantes, que estão dispostas e disponíveis a construir algo saudável.

— .(Escrito dia 04/07/2025, às 07:11).