Ser multitarefa, virou um padrão obrigatório, a gente cresce com essa coisa de ter que ser boa, e depois, ter que ser melhor, ter que se provar, ter que dar conta o tempo todo, de tudo, do trabalho, da casa, do corpo, da vida, do emocional de todo mundo. �s vezes até rola um reconhecimento, te chamam de guerreira, de inspiração, de foda, mas ninguém pergunta o que isso está custando, e talvez, as pessoas nem imaginem o quanto que isso está custando. Por muito tempo eu tive orgulho de dizer que eu era Workaholic (Viciada em trabalho), como se isso me fizesse mais capaz, como se o cansaço fosse um troféu, e talvez fosse, talvez, eu precisasse mesmo me provar, ou achasse que precisava! Hoje, o que eu sinto é uma vergonha silenciosa de ter acreditado que o meu valor estava só na minha produtividade, nessa batalha solitária disfarçada de conquista! Essa personagem da mulher incansável, disponível, sempre produtiva, é muita aplaudida, mas é pesada, dolorosa, solitária. Não é pra gente romantizar a pausa, nem demonizar o trabalho, mas é urgente entender que a gente não precisa viver em estado de prova. Que equilibrar todos os pratos, nem sempre é um sinal de vitória. Às vezes o maior autocuidado é deixar alguns deles caírem. Cuidado não significa ausência de ambição, pausas não significam preguiça, respeitar o seu limite também é uma forma de continuar. Eu ainda quero tanto nessa vida e talvez, por isso, eu queira por inteiro. Eu entendi que não dá pra sustentar sonho nenhum, se você se abandona no caminho. Ser forte não pode te custar a si mesma, seja forte de um jeito que não te adoece!

— .(Escrito dia 11/07/2025, às 08:53).