Que ironia do destino
Em te trazer t�o tarde
Quando a primavera da vida
J� n�o arde!...
Que ironia louca,
Que desatino!
Um amor maduro
Em cora��o de menino!...
Mas o tempo n�o perdoa
E enquanto corre solto,
Feito �gua entre os dedos,
Espero, sentida,
Que se feche a ferida.
J� n�o h� mais tempo
Para o amor,
Nem hora, nem fim de tarde.
O amanhecer j� n�o nos pertence...
Tudo na vida � rotina
E fecho-me como uma concha,
Tranco minh"alma de menina,
Para suportar a dor
Que meu peito abriga.
Que ironia
Em te trazer assim, t�o tarde!
E em meu peito esse amor ainda arde!
Para receber o outono
Da nossa exist�ncia
E ficar assim,
Como folhas secas que o vento leva...
Let�cia Thompison