Toda gentileza � uma declara��o de amor
Gentil � aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e marca-o onde ningu�m mais pode ver.
Lembro-me que, quando pequena, sempre saia com meu av� pela rua. Figura agrad�vel e prestativa, n�o economizava sorrisos ou negava favores. Jamais o vi reclamando que algu�m n�o pagou pelo seu trabalho ou que foi explorado. Brincava com as meninas da padaria, dava gorjeta, ajudava aos irm�os, aos filhos e mimava as netas. Quando trabalhava, fazia-o assoviando. O que o tornava t�o especial e querido por todos? O que o mantinha nesse estado de equil�brio com o ambiente? Gosto de pensar que ele era gentil consigo e com a vida.
Todos passamos por situa��es complicadas. Somos ludibriados, destratados e, muitas vezes, at� mal amados. Sofremos com a falta de dinheiro, temos preocupa��es com a nossa sa�de, com a sa�de dos filhos, dos nossos pais, do nosso cachorro. Entretanto, o que difere o ser gentil � que ele n�o coloca seus problemas no centro do mundo e nem acha que todos t�m que parar com suas vidas porque ele n�o est� bem. O verdadeiro entendedor da gentileza sabe ser suave com o outro, percebe que somos interligados por algo maior que nossos pr�prios interesses, que as rela��es humanas s�o p�talas de uma mesma flor.
Ainda hoje, embora tenham se tornado esp�cimes raros, diz a lenda que, quando vistos, s�o facilmente reconhec�veis. S�o aqueles que nos olham verdadeiramente nos olhos, que, quando �ntimos, nos d�o abra�os apertados, que cumprem suas promessas e que n�o pensam antes de se levantar e oferecer seu lugar no banco.
O ser gentil � naturalmente educado, pois valoriza o outro como pessoa. Sabe que respeito � afeto, que delicadeza � cuidado e que toda gentileza � uma declara��o de amor.
Josie Conti

Postado por : Lady: 26/05/2018