Can��o
N�o te fies do tempo nem da eternidade,que as nuvens me puxam pelos vestidosque os ventos me arrastam contra o meu desejo!Apressa-te, amor, que amanh� eu morro,que amanh� morro e n�o te vejo!N�o demores t�o longe, em lugar t�o secreto,n�car de sil�ncio que o mar comprime,o l�bio, limite do instante absoluto!Apressa-te, amor, que amanh� eu morro,que amanh� eu morro e n�o te escuto!Aparece-me agora, que ainda reconhe�oa an�mona aberta na tua facee em redor dos muros o vento inimigo�Apressa-te, amor, que amanh� eu morro,que amanh� eu morro e n�o te digo�
Cecilia Meirelles