FANTOCHES (Soni@Pallone)
"...Tudo está se esvaindo..."
O solo onde foram plantadas minhas raÃzes, cedeu com a chuva, com a seca, com as intempéries da Natureza...
"...Tudo está se dissipando..."
Vou sentindo transformações que o tempo vai fazendo questão de marcar...
As personalidades definem-se, delineiam-se, e eu, vislumbro traços diferentes nos seres que são partes de mim e do meu sangue ... "pessoinhas" pelas quais, eu sou responsável e cuja responsabilidade me assusta...
Me sinto tão frágil! Uma mulher melindrosa, de cristal...
Quisera ser um gigante mas não passo de um átomo sem energia...
"...Tudo está se consumindo..."
O espelho que reflete as verdades da minha vida, deixou-se gastar pela imagem...
E da imagem dissolvida, os pedaços quebram-se, explodem, derretem e se transformam em nada...
Abstrato que eu não consigo mover ou redirecionar...
"...Divago, enquanto tudo se desgasta..."
O Amor aguarda nunca canto, e não sei se sou eu, ou se é ele, quem sufoca o ar que pesa na atmosfera...
A coragem às vezes é um ato covarde (ou será o contrário?!?)
Os pássaros tem que voar! "onde mais passarinhos são passarinhos, a não ser soltos, voando??"
Essa é verdade que meu coração rejeita!!
"...Tudo está se dispersando..."
Porque minha casa é um reduto de loucos;
porque as músicas que ouço são os gritos;
porque as carÃcias que me fere são os murros;
porque as palavras que ouço são incoerências;
porque os risos que gargalho são soluços;
porque a liberdade é feita de elos que envolvem os membros, a alma, e até a mente...
"...Tudo está se destruindo..."
Porque isso, nunca foi famÃlia!...
Fomos dois que viraram três,
depois quatro,
depois cinco,
depois seis...
Seis fantoches brincando de casinha,
sem estrutura,
sem teto,
sem paredes...
De mentirinha...
Somos uma triste mentira de verdade...