Quando as almas se tocam e se reconhecem.
Sentem que a vida lhes devolveu o seu outro eu,
Que o certo não pode ser outro se não aquele,
Que o mundo começa e acaba ali.
Tocam-se mesmo que distantes,
Como se o espaço fÃsico de nada contasse,
Como se um mundo não existisse.
Sentem-se... no vazio... por breves instantes.
Procuram-se silêncio da noite,
No bater surdo do coração e na volúpia do pensamento.
Amam-se desde sempre sem disso saber,
Amam-se para sempre mesmo sem se conhecer.
Quando as almas se tocam...
e a vida começa...
Justamente ali...
Naquele milésimo de segundo.
(Carla Simões)