Vai rever as rosas...
� Let�cia Thompson
Quando o amor bate �s portas do nosso cora��o nos sentimos importantes. Amar e saber-se amado da mesma pessoa � o sonho de todo mundo. Ser �nico, sentir-se �nico e ter para si o tesouro �nico que a terra tinha escondido.
Quando amamos sempre somos �nicos, pois ningu�m sente como n�s, ningu�m espera, deseja, sonha e d�i como n�s. Ningu�m se alegra tanto, se desepera tanto, comete tantos erros e tantos acertos. O amor nos torna seres extraordin�rios.
Ah! E a pessoa amada, essa ent�o!!! O cora��o apaixonado possui essa capacidade extraordin�ria de ignorar os pequenos defeitos (e at� apreci�-los!), moldar carinhosamente as pequenas diferen�as e fazer de conta que n�o est� vendo, n�o est� sentindo, n�o est� doendo. Ele perdoa sem que perd�o seja carecido e continua o eterno caminho das promessas dos que amam para sempre.
E de tanto amar, tanto aperfei�oar e fechar os olhos, ele se esquece que o ser perfeito n�o existe. Ent�o, quando amanhece o dia do dia-a-dia, os defeitos, ou o que a pessoa �, em si, realmente, aponta e desaponta. J� n�o parece no fim da tarde da conviv�ncia que a pessoa de antes e a de depois s�o a mesma. J� n�o parece assim t�o �nica e t�o especial. J� tudo parece t�o igual, t�o simples e t�o normal. Tanto, que causa desencanto.
E � ent�o que vem a li��o de um principezinho que teve a ousadia de amar uma rosa. Foi preciso caminhos e encontros para que algu�m lhe dissesse, enfim: "vai rever as rosas!... tu compreender�s que a tua � �nica no mundo!..."
Ah! Como as rosas se parecem e como cada qual � sem igual! Como tantos se parecem com o que amamos e como s�o diferentes! �nica � aquela pessoa que fez vibrar nosso cora��o um dia, aquela pela qual sofremos, lutamos, jogamos tudo pro ar e nossos olhos viram estrelas at� nas noites mais escuras.
Sim... quando o cora��o achar-se demasiado descontente e desencantado, que ele passeie pelo jardim do passado, onde reinava a magia e a esperan�a, onde o amor tinha cheiro da pessoa amada e transformava tudo o mais no mundo em nada!
Que ele redescubra que entre tantas e tantas pessoas iguais, a que amamos � e sempre ser� �nica na vida da gente!
Let�cia Thompson