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Proclama��o do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
16 13 Chegando ao territ�rio de Cesar�ia de Filipe, Jesus perguntou a seus disc�pulos: �No dizer do povo, quem � o Filho do Homem?�
14 Responderam: �Uns dizem que � Jo�o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas�.
15 Disse-lhes Jesus: �E v�s quem dizeis que eu sou?�
16 Sim�o Pedro respondeu: �Tu �s o Cristo, o Filho de Deus vivo!�
17 Jesus ent�o lhe disse: �Feliz �s, Sim�o, filho de Jonas, porque n�o foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que est� nos c�us.
18 E eu te declaro: tu �s Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno n�o prevalecer�o contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos c�us: tudo o que ligares na terra ser� ligado nos c�us, e tudo o que desligares na terra ser� desligado nos c�us�.
20 Depois, ordenou aos seus disc�pulos que n�o dissessem a ningu�m que ele era o Cristo.
Palavra da Salva��o.
Coment�rio ao Evangelho
Esta narrativa da "confiss�o de Pedro" � encontrada nos tr�s evangelhos sin�ticos, de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma caracter�stica pessoal � sua narrativa. Marcos, que � o primeiro dos evangelhos can�nicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu minist�rio entre os gentios da Galil�ia e das regi�es vizinhas, iniciando o caminho para Jerusal�m, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dar� o confronto final com os chefes de Israel. Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o t�tulo messi�nico, indicativo de ambi��o e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento � a sua vulnerabilidade � morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situa��o temporal do epis�dio narrado, colocando-o em um momento de ora��o de Jesus. Uma das caracter�sticas de Lucas � justamente registrar com frequ�ncia estes momentos de ora��o. Lucas conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejei��o sum�ria de Jesus ao t�tulo messi�nico. No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas caracter�sticas dominantes. Mateus acentua a dimens�o messi�nica de Jesus e j� apresenta sinais da institui��o eclesial nascente. Mateus escreve na d�cada de 80, quando os disc�pulos de Jesus oriundos do juda�smo estavam sendo expulsos das sinagogas que at� ent�o frequentavam. Mateus pretende convencer estes disc�pulos de que em Jesus se realizavam suas esperan�as messi�nicas moldadas sob a antiga tradi��o de Israel. Da� o acentuado car�ter messi�nico atribu�do a Jesus por Mateus. Os crist�os, afastados das sinagogas, come�am a estruturar-se em uma institui��o religiosa pr�pria, na qual a figura de refer�ncia � Pedro, j� martirizado em Roma. Na men��o �s chaves do Reino dos C�us conferidas a Pedro, com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorr�ncia da atribui��o das chaves do pal�cio de Davi a Eliacim, administrador real, que ter� o poder de abrir e fechar (primeira leitura). A revela��o de Deus, atribu�da a Pedro no texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formula��es da intelig�ncia humana (segunda leitura). Por�m, no ato de amor, � semelhan�a de Jesus, mergulha-se na pr�pria vida divina e eterna.
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