ao amanhecer. Em plena unanimidade
de um mundo s�.
Como, por�m, viver num mundo onde todas as coisas
tivessem um s� nome?
Ent�o, inventei as palavras.
E as palavras pousaram gorjeando sobre o rosto
dos objetos.
A realidade, assim, ficou com tantos rostos
quantas s�o as palavras.
E quando eu queria exprimir a tristeza e a alegria
as palavras pousavam em mim, obedientes
ao meu menor aceno l�rico.
Agora devo ficar mudo.
S� sou sincero quando estou em sil�ncio.
Pois, s� quando estou em sil�ncio
elas pousam em mim � as palavras �
como um bando de p�ssaros numa �rvore
ao anoitecer