A vig�ncia do amor no ser humano constitui a mais alta conquista do desenvolvimento psicol�gico e tamb�m �tico, porq�anto esse est�gio que surge como experi�ncia do sentimento concretiza-se em emo��es profundamente libertadoras, que facultam a compreens�o dos objetivos essenciais da exist�ncia humana, como cap�tulo valioso da vida.
O amor suaviza a ard�ncia das paix�es canalizando-as corretament...e para as finalidades a que se pro p�em, sem as afli��es devastadoras de que se revestem.
No emaranhado dos conflitos que �s vezes o assaltam, mant�m-se em equil�brio norteando o comportamento para as decis�es corretas.
Por isso � sensato e sereno, resultado de inumer�veis conquistas no processo do desenvolvimento intelectual.
Enquanto a raz�o � fria, l�gica e calculada, o amor � vibrante, s�bio e harm�nico.
No per�odo dos impulsos, quando se apresenta sob as constri��es dos instintos, � ardente, apaixonado, cercado de caprichos, que o amadurecimento psicol�gico vai equilibrando atrav�s do mecanismo das experi�ncias sucessivas.
Orientado pela raz�o faz-se d�lcido e confiante, n�o extrapolando os limites naturais, a fim de se n�o tornar algema ou converter-se em express�o ego�sta.
N�o obstante se encontre presente em outras emo��es, mesmo que em fase embrion�ria, tende a desenvolver-se e abarcar as sub-personalidades que manif estam os est�gios do primitivismo, impulsionando-as para a ascens�o, trabalhando-as para que alcancem o est�gio superior.
� o amor que ilumina a face escura da personalidade, conduzindo-a ao conhecimento dos defeitos e auxiliando-a na realiza��o inicial da auto-estima, passo importante para v�os mais audaciosos e necess�rios.
A sua presen�a no indiv�duo confere-lhe beleza e alegria, proporciona-lhe gra�a e musicalidade, produzindo irradia��o de bem-estar que se exterioriza, tornando-se vida, mesmo quando as circunst�ncias se apre sentam assinaladas por dificuldades, problemas e dores, �s vezes, excruciantes.
Vincula os seres de maneira incomum, possuindo a for�a din�mica que restaura as energias quando combalidas e conduz aos gestos de sacrif�cio e abnega��o mais grandiosos poss�veis.
O compromisso que produz naqueles que se unem possui um v�nculo metaf�sico que nada interrompe, tornando-se, dessa forma, espiritual, saturado de esperan�as e de paz.
O amor, quando leg�timo, liberta, qual ocorre com o conhecimento da verdade, isto �, dos valores permanentes, os que s�o de significado profundo, que superam a superficialidade e resistem aos tempos, �s circunst�ncias e aos modismos.
Funciona como elemento catalisador para os altos prop�sitos existenciais.
A sua aus�ncia abre espa�o para tormentos e ansiedades que produzem transtornos no comportamento, levando a estados depressivos ou de viol�ncia, porq�anto, nessa circunst�ncia, desaparecem as motiva��es para que a vida funcione em termos de alegria e de felicidade.
Quando o amor se instala nos sentimentos, as pessoas podem encontrar-se separadas, ele, por�m, permanece imperturb�vel. A dist�ncia f�sica perde o sentido geogr�fico e o espa�o desaparece, porque ele tem o poder de preench�-lo e colocar os amantes sempre pr�ximos, pelas lembran�as de tudo quanto significa a arte e a ci�ncia de amar. Uma palavra evocada, um aroma sentido, uma melodia ouvida, qualquer detalhe desencadeia toda uma s�rie de lembran�as que o trazem ao tempo presente, ao momento sempre feliz.
O amor n�o tem passado, n�o se inquieta pelo futuro. E sempre hoje e agora.
O amor inspira e eleva dando colorido �s paisagens mais cinzentas, tornando-se estrelas luminosas das noites da emo��o.
N�o necessita ser correspondido, embora o seu calor se intensifique com o combust�vel da reciprocidade.
N�o h� quem resista � for�a din�mica do amor.
Muitas vezes n�o se lhe percebe a delicada presen�a. No entanto, a pouco e pouco impregna aquele a quem se direciona, diminuindo-lhe algumas das desagrad�veis posturas e modificando-lhe as rea��es conflitivas.
Na raiz de muitos dist�rbios do comportamento pode ser apontada a aus�ncia do amor que se n�o recebeu, produzindo uma terra psicol�gica �rida, que abriu espa�o para o surgimento das ervas daninhas, que s�o os conflitos.
O amor n�o se instala de um para outro momento, tendo um curso a percorrer.
Apresenta os seus pr�dromos na amizade que desperta interesse por outrem e se expande na ternura, em forma de gentileza para consigo mesmo e para com aquele a quem se direciona.
� t�o importante que, ausente, descaracteriza o sentido de beleza e de vida que existe em tudo.
A sua vig�ncia � duradoura, nunca se cansando ou se amargurando, vibrando com vigor nos mecanismos emocionais da criatura humana.
Quando n�o se apresenta com essas caracter�sticas de liberta��o, � que ainda n�o alcan�ou o n�vel que o legitima, estando a caminho, ufilizando-se, por enquanto, do prazer do sexo, da companhia agrad�vel, do interesse pessoal ego�stico, dos desejos expressos na conduta sensual: alimento, dinheiro, libido, vaidade, ressentimento, pois que se encontra na fase alucinada do surgimento...
O amor � luz permanente no c�rebro e paz cont�nua no cora��o.( by Alexandre Barros/28/06/2013)